quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Princesa desalento

Minha alma é a princesa desalento
Como o poeta lhe chamou um dia .
é mago a,e palida,e sombria
Como soluços trágicos do vento.
È frágil como osonho dum momento;
Soturna como preces de agonia
Vive do riso duma boca fria:
Minha alma é a Princesa Desalento
Altas horas da noite ela vagueia
E aoluar suavíssimo,que anseia
Põe-se a falar de tanta coisa morta!
O luar ouve a minh"alma ,ajoelhado.
E vai traçar ,fantastico e gelado.
A sombra duma cruz á tua porta
Florbela Espanca
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Versos intimos

Vês !Ninguém asssistiu ao formidavel
Enterro da tua última quimera
Somente a ingratidão -esta pantera -
Foi tua companheira inseparavel!
Acostuma-te a lama que teespera!
O homem que nesta terra miserável
Mora entre feras sente inevitavel
Necessidade de Também ser fera
Toma um fosfóro-Acende teu cigarro
O beijo amigo é a vespera do escarro
A mão que afaga é amesma que apedreja
Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja esta mão vil que te afaga
Escarra nesta boca que te beija!!!!!!!!!!!!!!
Augusto dos Anjos